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terça-feira, 30 de março de 2010

Diferentes

Eles dividiam o mesmo carro, mas não eram conhecidos. Um era taxista e o outro apenas mais um cliente para aquele empregado da vida. Cada qual com suas próprias preocupações. O taxista põe para tocar sua música favorita, a fim de aliviar o estresse. Tornar o trabalho menos insuportável, mas o cliente não gosta. Enquanto a música afasta o taxista de seus problemas, para o cliente só o aproxima de suas frustrações. Aquela música lembra dela. E a ela do cliente é diferente da ela do taxista. O taxista gosta de pensar nela, porque ela é a luz que ilumina seu caminho e o encoraja a seguir em frente. Já para o cliente, pensar nela (a sua ela) significa lembrar do término, de tudo o que os levaram até aquele momento. O momento em que cada um vive sua vida separadamente. São duas pessoas em um mesmo carro, indo para um mesmo lugar, mas com tanto diferente. Eles não são iguais, mesmo se fossem gêmeos ou amigos. Ninguém é igual a ninguém. Nossos pensamentos nos tornam distintos. Nossas singularidades nos tornam iguais. Somos iguais no mesmo sentido: cada qual com seus próprios sentimentos e ideais.

2 comentários:

Cecília Ferreira disse...

Ninguém é igual a ninguém e é até melhor se todos fossem iguais não teria graça não é mesmo?!
:*

Rebeca Amaral disse...

É incrível quantos significados diferentes as atitudes, músicas... podem ter pras pessoas!
"Ninguém é igual a ninguém e é até melhor se todos fossem iguais não teria graça não é mesmo?!"

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