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terça-feira, 13 de abril de 2010

Mudança

Quando as brigas se tornam insuportáveis, o amor vai dando margem ao ressentimento e tudo passa a não ser mais como antigamente. Você fecha as janelas, a chaminé, as portas dos quatros, a porta da frente, mas deixa a porta dos fundos aberta. Só por precaução. Você põe a casa à venda. Não dá mais para viver dentro dela. Tem muitas goteiras. Está pequena para você que cresceu tanto. Você, então, muda de casa. Compra uma maior. Sem goteiras. Tudo vai bem até que um dia você passa pela antiga casa e percebe que ela não era tão ruim como ficou na lembrança. Ela já estava em negociação, de certo. Já havia até um possível comprador, mas ela ainda era sua. Embora a venda fosse iminente. Você, então, resolve matar um pouco a saudade e passa alguns dias dentro da velha casa. Você poderia voltar a morar nela. Você se sente estranhamente confortável ali, então por que não? Você definitvamente se vê morando de novo naquele velho lar. Mas de repente uma chuva ocorre. Você lá certa de que quer a velha casa de volta, quando percebe as goteiras. Parecem maiores e você passa a se incomodar com o tamanho da velha casa novamente. Ela volta a parecer pequena. Você, então, estressada, volta para a nova casa, abandonando a velha mais uma vez. Não adianta insistir em algo que já não é mais para ser. A solução é manter a porta fechada. Você, portanto, volta à casa abandonada, mas somente para fechar a porta dos fundos que você insistiu em deixar aberta. Você se muda, mas não adianta nada se esquece de levar seu coração. A solução é manter a porta fechada e o coração sempre em mãos.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Clarão

Já estava em casa quando a chuva começou
o vento parece estar furioso
e uiva feroz de um lado, de outro
enquanto isso o céu fica menos amistoso.
Com a noite escura
os pingos caem em prata e ouro
emebelezando ainda mais o espetáculo:
chuva, vento, raios com estouro...
o barulho ameaçador dos trovões.
nada se parece com o dos pingos, tranquilos
que fariam-me dormir
se o cachorro não estivesse a latir.
O vento se enfurece mais,
os barulhos aumentas. O céu vai cair!
Porém mais me serve de canção
por estar mais calmo que meu coração.
A noite tão revoltada, tão linda...
E de repente clarão!
Assustada, olho ao céu e vejo a Lua
e com ela, uma dúvida se deu:
Será que você vê a mesma Lua que eu?

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Ao contrario

Ela já chegou empurrando ele,a dor que sentia agora se transformava em outra coisa. E a cada empurrão. Cotucada e tapas nos ombro dele o fazia ele rir,ela indignada imaginava que era fraca demais pra bater em um bruta montes daqueles,então colocava mais força em seus braços finos. A cada empurrão uma lágrima,a cada lágrima uma lembrança,a cada lembrança uma derrota.
- Seu idiota,some da minha vida -Gritava ela empurrando ele da calçada pra rua
E ele só ria,em seus olhos via graça e nos olhos dela raiva e lágrimas faziam uma mistura fantástica
-Olha que tudo esse ódio é amor hein -Disse ele em risos
- Não,pelo ao contrario todo esse amor é ódio

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Eu preciso de você.

Eu preciso de você,aqui pertinho.Aqui,junto comigo.Se possível,respirando o mesmo ar que eu.Perto de mim.Sabendo tudo o que eu penso,tudo o que eu quero.Eu preciso de você,para me alegrar nos dias em que eu estive triste,pra me ajudar a erguer a cabeça nos momentos mais difícieis que eu passar.Eu preciso de você,cada dia mais perto.Mais perto cada vez mais.Eu preciso de vocêa qui junto comigo pra viver tudo o que eu vivo, e pra sentir tudo o que eu sinto.Eu preciso de você aqui.Eu preciso,eu quero,eu necessito da sua presença perto de mim.Eu preciso de você pra me fazer sorrir todos os dias,pra transformar meus choros em alegrias,pra me transformar minha tristeza em felicidade.Eu preciso de você.Eu quero você aqui nesse friozinho me abrançando pra esquentar.Eu quero você aqui.Você torna meus dias melhores,já dou um sorriso só de lembrar que eu vou te econtrar.Quero contar tudo a você.Quero te contar,que eu preciso de você.Mas parecem que as palavras fogem ao te ver.E eu não consigo te esquecer.Mas eu sei que eu preciso de você.Só de você...

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Recomeço

O céu da meia-noite lhe tornara um grande aliado desde a sua partida. Noites de insônia não lhe causavam tanta inércia como há um ano atrás. Por mais que quisesse tê-lo em seus devaneios lúcida, adormecia e nunca sonhava com ele. Com o passar do ano, aprendera a deixar o sono para última instância, apenas nos dias em que nem o céu era capaz de acolhê-la.

Dois anos de amor intenso ainda estavam impregnados em seu apartamento, pois com a esperança de que ele voltasse, decidiu deixar as coisas como estavam. A esperança era a última que um dia morreria ao teu lado.

Hoje se completava um ano. Não que ela se preocupasse, pois nunca conseguiu se reconstituir por inteira. Sua vida já não podia se chamar de vida. Talvez até pudesse pelo fato de ela estar viva, mas apenas de presença. Sua alma já não fazia parte daquele corpo. Há muito vagava pelas ruas à procura dele.

Depois que ele se foi, ela nunca mais obteve qualquer notícia de seu paradeiro, os amigos em comum já nem se lembravam que um dia eles estiveram juntos. O tempo passou para todos, menos para ela. Nunca soube explicar como conseguia acordar cedo para ir ao trabalho sendo que, nunca teve noção de tempo, não costumava conferir as horas.

Observando a Lua, deixou levar-se em mais devaneios, mas diferente dos outros, ele já não estava presente; em sua imagem via-se em um bar, rodeada de amigos e sorrindo. Já é hora de recomeçar?

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Sobre Paciência (TICTAC)

E cada vez que espero sua voz
sinto o silêncio me consumir.
A cada vez que vejo o tempo passar
diminui minha certza de resistir
e o relógio me atrapalha sempre mais. Tic tac.
Essa situação me consome
me irrita, me desespera.
e não consigo evitar de estar a sua espera.
Tic tac.
E sempre que lhe peço algo mais
você diz que tenho que aprender
porque paciência é uma virtude, e blá.
Estou tentando me conter.
Tic tac.
Eu não consigo, eu te pergunto.
E tudo o que você me diz é:
Não posso te dar atos, só palavras,
porque dos atos você não iria gostar.
E, mesmo sem querer adimitir,
eu me supero por você.
Aprendo a ter paciência, a esperar,
a TE esperar.
Tac.
Tic

quinta-feira, 1 de abril de 2010

É só viver

Você passa a vida inteira se escondendo em um mundo paralelo,vive em um quarto escuro onde acha que é seu lugar.O seu desejo é sair.Viver.Porém o seu medo o impede,acha que é mais fácil fugir do que encarar as coisas de frente,é,mas te garanto que fugir não é o melhor a fazer.Até quando vai deixar o medo mandar em si...?
Seria mais fácil se todos antes de fazer não pensasse,pois assim não pensaríamos em desistir, teríamos medo de mergulhar no desconhecido.Ás vezes pensar não é a solução e sim um erro!O erro fatal que chega ao medo.
Por mais que eu te diga que eu não espero,você sabe (melhor que eu mesma) que tudo tem seu tempo e que não adianta correr atrás querendo que seja do seu jeito,porque jamais será no momento que você deseja...Até os segundos são certo lembra!?!
Não se preocupe,corra risco,não tenha medo,se jogue no desconhecido,porque tudo está escrito nas estrelas.Maktub.É só viver.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Ah, o sentimento tão belo.

Ah o amor, sentimento que só os adultos com mais experiencia deveriam saber o que é, e o que sentimos. É dificil defrirar o que sentimos. É dificil entender, é difícil explicar. Não sei dizer, mas talvez exista amores diferentes, amor de cinquenta,amor de quarenta,amor de oitenta, amor de noventa... sei lá. Não sei explicar. Já decidir, vou renegar. É um sentimento que nos deixa mais babaca. Bobas, alegres por tudo... ai, o amor. Sentir isso é coisa de bobas. Nós somos bobas... somente quando estamos apaixonadas. Ai, o amor. Sentimento diferenciado, que parece o amor de antigamente, mas com o amado do futuro, e a espera do preterito perfeito. A espera do preterito perfeito. P-E-R-F-E-I-T-O. Amor nos deixa louca, animada e felizes por tudo. Ai o amor, nos faz flutuar nas alturas. Amor nos faz pensar no futuro. Depois quando formos adultos o amor vai ser nosso grande aprendizado. Vamos amar ao quadrado. (LLLLLLL)

terça-feira, 30 de março de 2010

Diferentes

Eles dividiam o mesmo carro, mas não eram conhecidos. Um era taxista e o outro apenas mais um cliente para aquele empregado da vida. Cada qual com suas próprias preocupações. O taxista põe para tocar sua música favorita, a fim de aliviar o estresse. Tornar o trabalho menos insuportável, mas o cliente não gosta. Enquanto a música afasta o taxista de seus problemas, para o cliente só o aproxima de suas frustrações. Aquela música lembra dela. E a ela do cliente é diferente da ela do taxista. O taxista gosta de pensar nela, porque ela é a luz que ilumina seu caminho e o encoraja a seguir em frente. Já para o cliente, pensar nela (a sua ela) significa lembrar do término, de tudo o que os levaram até aquele momento. O momento em que cada um vive sua vida separadamente. São duas pessoas em um mesmo carro, indo para um mesmo lugar, mas com tanto diferente. Eles não são iguais, mesmo se fossem gêmeos ou amigos. Ninguém é igual a ninguém. Nossos pensamentos nos tornam distintos. Nossas singularidades nos tornam iguais. Somos iguais no mesmo sentido: cada qual com seus próprios sentimentos e ideais.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Oblíquo

Por linhas tortas
Digo o quanto é difícil
Me acostumar com a ideia de
Não ter você.
Você.

Tanto me ensinou sem a sua presença...
Não sei porque ainda insisto em nós.
Persistência demais.
Realismo de menos.

O que me falta é coragem,
Verdade
Para, de fato, assumir que isso
Jamais sairá do papel
Que as linhas tortas
Jamais se alinharão.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Alice

Era uma vez, num sonho
um conto de fadas em pleno século 21.
Onde tudo pedia bis
e mais se torcia por um final feliz.

Era um vez, numa canção
Um festival de tempesteades, chamem Noé!
Onde não havia nenhuma arca
e eram poucos os pontos que davam pé

Era uma vez, num espelho
enconste, viaje, vá, aprenda e volte.
Engano seu menina, não fique sentida
pois ele a leva a um beco sem saída.

Era uma vez, no mundo real
uma Alice, que sem pensar, lá caiu.
Continuou por uns tempos
e depois nunca mais saiu

Era uma vez, num sonho
um festival de velórios e festanças.
Numa cidade pequenininha
num coração que ainda tinha esperanças
porque nele morava um príncipe
que havia aparecido em sua vida
e lhe dado certeza de um felizes para sempre
será? - Disse ela
tomara.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Enquanto

Enquanto todos te derem as costas eu estarei cara a cara contigo
Enquanto todos pensarem que você é um moleque eu penso que é um homem
Mas agindo como moleque
Enquanto todos dão risadas de ti eu permaneço séria
Enquanto todos falam com você eu permaneço em silêncio
Enquanto todos acham que você está fracassado eu sei que dará a volta por cima
Enquanto todos acham que você não tem capacidade eu tenho certeza que é capaz de chegar onde quiser
Enquanto todos olharem você como um lixo eu te verei como a porcelana mais cara do mundo
Enquanto todos te odiarem eu te amarei talvez
Enquanto todos te darem palpites eu não dou minha opinião
Enquanto você der importância pra o que pensam de ti eu continuarei invisível

quarta-feira, 24 de março de 2010

Então...

Lá está ele. Devo passar e nada perguntar ou apenas o deixar falar ? Talvez não seja a hora certa. Tá esperarei o momento exato. Mas a minha agonia de ir lá, falar não me deixa parar de pensar nisso, em nenhum momento. Momento de agonia, a coisa que eu mais odeio. Mas na verdade a minha burrada seja essa. A burrada de tentar conseguir não ser burra. Não sei se consigo, não consigo me conter, perto de você não consigo nem me descrever. Talvez passarei reto. Não vou nem olhar pra ele. Mas e se minhas pernas bambearem quando passar? É vou dar a volta completa, mas bem longe. Caminhar um pouco mais não me fará mal. Mas olhar para aquele rosto lindo que ele tem seria sensacional! Mas não, chega! Vou passar longe já me decidi! Não sei decifrar o que se passa dentro do meu coração quando ele está po perto. Então melhor passar longe. É longe. Bem longe. O mas longe possível. Pena que a minha mente e o meu coração não conseguirão ficar longe de pensar nele.

terça-feira, 23 de março de 2010

Sublime

Vejo rosas nele. Tem um tom perfeito. Valeria conhecê-lo mais de perto. O que poderia custar, afinal? Nada de certo. Eu só precisava tocá-lo. Talvez mais que isso. Necessitava ver se combinaria comigo. Ir ou não ir? Um passo para trás, outro para frente. Viro. Não valeria à pena. A coragem é perdida, mas sua imagem ainda assim não sai de minha cabeça. Volto?, pergunto a mim mesma mais uma vez. Não volto, mas ainda guardo seus traços em minha mente. Ok. Volto, mas apenas para confirmar se vale realmente os pensamentos perdidos. Nossa, como ele é lindo! Loucura chegar perto, mas a pergunta ainda ecoa: será que combinaria comigo?. "Não compensa o risco", alguém parece sussurrar em meu ouvido. Talvez seja apenas minha consciência, mas meu lado insensato pensa novamente: "ele é tão lindo!". Acho que serei imprudente. Só mais uma vez. O que você acha? Não, não corta meu barato. Só concorda. Prometo não me arrepender. Sim, eu sei. Eu sempre me arrependo. Será que dessa vez é diferente e estou certa? Porque sempre estou errada. Desisto. Não quero mais pensar. Sim, vou lá. Ele que me aguarde. Eu vou lhe experimentar.
- Desculpa, moça. Mas nós só temos o vestido que você deseja em tamanho extra G.
Droga! Dessa vez foi tarde demais.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Nada acontece por acaso

Será possível que isso tudo já estava escrito? É, devia estar... Mas será que foi a época certa? Será que foi o dia certo?

Nada podia ser previsto, apenas aconteceu. O amor nasceu entre pessoas que jamais se encontrariam ou, sequer, se conheceriam.

Foi tudo tão rápido, como se já tivessem decorado um script para fazer a cena e ela já tivesse sido feita e refeita milhares de vezes.

Amor intenso e sem fronteiras. A distância nunca foi um problema. A falta de presença só aumentou o que ambos sentiam e a vontade de se encontrarem.

Infelizmente os destinos se descruzaram e cada um teve que seguir com sua vida. Acostumar com novas escolhas, novas companhias, com novos amores, talvez.

Não demorou tanto tempo para que ele se apaixonasse. Sorte a dele por agora ter alguém que o ame tanto quanto ela te amou, se isso fosse possível.

Ela nunca conseguiu esquecê-lo. Parece que ainda existe alguma ligação, mesmo de forma invisível. Só o que ela sabe é que está disposta a qualquer sacrifício para que eles se vejam pela primeira e última vez.

Quem saiba isso tenha acontecido para que eles aprendessem a se entregar mais à uma relação e resistir a qualquer tentação da carne.

Apesar da dor, hoje ela cresceu e se sente nova. Abandonou a adolescente frágil e se tornou uma mulher decidida. Ele nunca foi esquecido, apenas adormecido dentro do seu coração.

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Olá queridos leitores, aqui quem escreve é a Larissa e hoje é a tão esperada estreia do Serendipety. Espero que gostem do primeiro texto! Um beijo e aproveitem! :]